segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eu queria ter o dom de tocar as pessoas.

Assim como tinham os grandes poetas .

Eu queria chegar no coração delas com minhas linhas tortas

escritas em madrugadas de insônia constantes e sem graça,

Eu queria ser mais que estatística nesse mundo tão grande que a literatura.

Eu queria pensar como Drummond ou os Andrades.

Eu queria falar de amor e de dor.

Queria uma nova semana de arte moderna.

Queria um vestido de época e um livro só

meu ocupando seis prateleiras na livraria central.

Eu queria poder ser a salvação de alguém numa noite fria.

Ou ate mesmo estar na sua cabeceira todas as noites.

Uma nota num rodapé de prova de vestibular ou

Um amigo invisível que você tem quando não tem com quem falar.

Pegue -me nos braços.

Me de um abraço.

Sei que mais cedo ou mais tarde os meus pensamentos serão lidos

Por você e você vai pensar como eu pensei um dia

``nossa, e exatamente assim que eu me sinto.``

Um dia eu ainda serei um livro seu.

Assim como meus confidentes secretos: Carlos,Jorge ,Machado.

Amigos íntimos de uma vida inteira de solidão uniforme.

Não se sinta só.

Eu sempre estarei aqui.

Pode me abraçar forte.

Ainda vou ser um livro seu ...

Jamais esquecido na estante,

Sempre esperando a noite chegar

do lado esquerdo da cama.



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