terça-feira, 7 de junho de 2011


Porque nao olha nos meus olhos e me diz que a verdade nas suas palavras sempre foram mais falsas que seu amor?
porque nao me diz que nada pode ser lembrando,nada pode ser levado,
e que nao posso mais ser amado por vc
junte as roupas jogadas pelo quarto,
junto com os sorrisos e os beijos,
junto com os momentos que passamos e vá,
vai ser melhor,pelo menos hoje, eu vou viver aqui,
sozinho com meus pensamentos que foram
a unica coisa de verdeira que restou de nós...

terça-feira, 8 de março de 2011

....



Ultimamente tenho muito a dizer e nada digo,
certa de que as minhas palavras são tão poucas e
as vezes tão pequenas em vista o que sinto.
Olhar pra você é como olhar para dentro dos meus sonhos
aqueles que nunca contei á ninguem,aqueles que sempre
guardei bem no fundo do pensamento por serem apenas sonhos.
Ter seu olhar voltado pra mim é imaginar um turbilhão de emoções
e sentir um céu só meu Debaixo dos meus pés.
Na maioria das vezes as coisas são tão previsíveis e com isso
se tornam simples e sem valor.
Nascemos do imprevível,do improvavél e do quase impossível.
Viemos de sonhos e de pensamentos que pensamos nunca existir realmente.
Olhando pro passado agora vejo que as coisas acontecem na hora certa
que tem de acontecer.
Existe um futuro ali,que agora é tão mais prazeroso e mais esperado que antes,
existe um ombro, um afago,um carinho e um beijo sempre.
Existem planos,que há muito haviam sido esquecidos,e que de uma hora
pra outra parecem que nunca deixaram de ser tão desejados e com uma grande
vontade de realiza-los.
Somos a escência de nós mesmos.
Somos uma réplica do imaginário.
Os meus pés cansados e há muito desaminados
agora querem caminhar com você, e do seu lado.
Minhas mãos tem onde segurar e os meus olhos são
seus,unicamente seus e de um modo que não há explicação.
E as flores parecem até ter mais cor,
uma primavera que floresce aqui comigo.
e que os olhos,agora tão fixos aos meus
impende que termine...
Abro mão de todos os verões para que essa
primavera seja eterna.

quinta-feira, 3 de março de 2011



Sobre o Amor E Libélulas.

Um dia desses estava escorado na janela de um hotel qualquer quando uma libélula pousou a poucos centímetros do meu braço. Na hora, eu não sabia ao certo se aquilo era uma libélula, ou uma cigarra, ou um inseto gigante qualquer. Nunca soube, e os poucos segundos que perdi tentando classificar o bicho foram suficientes para que ele sumisse. Bateu asas e escafedeu-se entre as árvores.

Eu tenho uma ligação especial com libélulas. Foi correndo atrás de uma que eu me estabaquei no chão, fraturando uma costela, perfurando o baço e sofrendo uma hemorragia interna que por pouco não me matou. Tinha cinco anos e, desde então, convivo com uma cicatriz que me atravessa o abdome, lado a lado. Tudo que eu queria era vê-la de perto, justamente para me certificar se o bicho em questão era cigarra, libélula ou “seja-lá-o-que-fosse”.

Se a necessidade de classificar uma libélula me rendeu duas semanas de internação, imagino o que me aconteceria se eu ficasse tentando classificar meus sentimentos. Inclusive, me cansa ver por todo lado gente tentando diferenciar um sentimento do outro. Se é amor, amizade, namoro, rolo, beijo, ficada, passatempo… Não tenho a mínima idéia, e nem quero ter! São inúmeras as espécies de relacionamento e a tentativa de classificar a todo minuto algo que, ás vezes, é simplesmente inclassificável pode resultar em muito mais do que um baço perfurado.

Ás vezes, perdemos a noção de que cada minuto da nossa vida pode ser o derradeiro, de que cada ligação telefônica pode ser a última, bem como aquela pessoa, de quem você ainda não sabe se gosta, pode ser o seu último romance.

O amor é uma libélula que pousa na nossa janela pouquíssimas vezes. Corra atrás da sua libélula, sem medo de se machucar. Viva o seu romance. Viva o seu último romance.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


Eram trinta e cinco coqueiros sem coco.

Uma serra sem fio.

Um lembrete em branco.

Um telefone mudo.

Um balão sem gás.

Eram quatro pneus furados.

Uma escola sem alunos.

E uma mente sem paz.

Cérebros sem idéias.

Almas sem ideais.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Outra vez me prosto nessa janela.
A maior testemunha de tudo que tenho vivido.
Um pedaço velho de madeira e vidro que ja ouviu meus mais secretos delírios e que ja presenciou as minhas insanas loucuras.
Que já me deu colo nas noites frias e me deu conforto e vento nas de calor.
Que me fez ver o mundo la fora e querer ficar no meu mundo aqui dentro.
Que abriga minhas flores e canções todas as manhãs e que sempre está ali quando eu volto pra esse mundo de novo.
Hoje você me vê chorando.
Novamente e sempre por motivos que você não compreende.
Você só me olha, e me oferece a cidade laá fora pra distrair a minha dor.
E grita alto pra que o vento venha e seque essas lágrimas.
Hoje você convidou a chuva que cai fina agora e inunda as ruas dos pensamentos da minha alma.
Bom seria mesmo ser como as gotas de chuva,que caem do céu nessa noite que não se vÊ nada além dos farois baixos.
O céu se torna cada vez mais escuro, as vezes sendo revelado pelos raios que o cortam, insessantemente,lutando por um maior destaque.
E eu olho tudo isso daqui,sozinha.
Já chorei seis vezes e sabe quantas vou chorar mais até essa chuva passar.
Você já não pode fazer nada.
A culpa não é sua,janela.
Não é que eu esteja triste,só que hoje,resolvi chorar.

Eu sou rosa amarela,espinhos a no caule,
sou fogo de vela vermelha em oração a São jorge.
Sou o vento forte e cortante no alto da cordilheira dos Andes,sangue que escorre das feridas de corte recente.
Sou o ultimo copo de Rum que acompanha a insônia de muitas noites solitárias,o céu inquieto antes da tempestade.
Tão angelical e tão malígna ao mesmo tempo.
Com uns olhos tão caramelados e profundos como os de uma lince e cabelos na cor do ouro puro e reluzente do eldorado latino.
Eu vejo além de tudo.
Sei mais do quer você imagina e menos do eu gostaria de saber.
Muito prazer.
Sou filha de São Jorge e irmã dos ventos do sul.
Ando vagando pelas colinas atrás de aventuras e obstáculos a serem superados. Levo a coragem no sorriso discreto e a perseverança no suor da testa.
Tenho a liberdade na cabeça, o vento no rosto e o mundo nas mãos.
Gosto de voar,mesmo que isso signifique ter que pular de cabeça dos abismos.
Tenho a intensidade como nome e liberdade como sobrenome,Mais me chame como quiser.