terça-feira, 8 de março de 2011

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Ultimamente tenho muito a dizer e nada digo,
certa de que as minhas palavras são tão poucas e
as vezes tão pequenas em vista o que sinto.
Olhar pra você é como olhar para dentro dos meus sonhos
aqueles que nunca contei á ninguem,aqueles que sempre
guardei bem no fundo do pensamento por serem apenas sonhos.
Ter seu olhar voltado pra mim é imaginar um turbilhão de emoções
e sentir um céu só meu Debaixo dos meus pés.
Na maioria das vezes as coisas são tão previsíveis e com isso
se tornam simples e sem valor.
Nascemos do imprevível,do improvavél e do quase impossível.
Viemos de sonhos e de pensamentos que pensamos nunca existir realmente.
Olhando pro passado agora vejo que as coisas acontecem na hora certa
que tem de acontecer.
Existe um futuro ali,que agora é tão mais prazeroso e mais esperado que antes,
existe um ombro, um afago,um carinho e um beijo sempre.
Existem planos,que há muito haviam sido esquecidos,e que de uma hora
pra outra parecem que nunca deixaram de ser tão desejados e com uma grande
vontade de realiza-los.
Somos a escência de nós mesmos.
Somos uma réplica do imaginário.
Os meus pés cansados e há muito desaminados
agora querem caminhar com você, e do seu lado.
Minhas mãos tem onde segurar e os meus olhos são
seus,unicamente seus e de um modo que não há explicação.
E as flores parecem até ter mais cor,
uma primavera que floresce aqui comigo.
e que os olhos,agora tão fixos aos meus
impende que termine...
Abro mão de todos os verões para que essa
primavera seja eterna.

quinta-feira, 3 de março de 2011



Sobre o Amor E Libélulas.

Um dia desses estava escorado na janela de um hotel qualquer quando uma libélula pousou a poucos centímetros do meu braço. Na hora, eu não sabia ao certo se aquilo era uma libélula, ou uma cigarra, ou um inseto gigante qualquer. Nunca soube, e os poucos segundos que perdi tentando classificar o bicho foram suficientes para que ele sumisse. Bateu asas e escafedeu-se entre as árvores.

Eu tenho uma ligação especial com libélulas. Foi correndo atrás de uma que eu me estabaquei no chão, fraturando uma costela, perfurando o baço e sofrendo uma hemorragia interna que por pouco não me matou. Tinha cinco anos e, desde então, convivo com uma cicatriz que me atravessa o abdome, lado a lado. Tudo que eu queria era vê-la de perto, justamente para me certificar se o bicho em questão era cigarra, libélula ou “seja-lá-o-que-fosse”.

Se a necessidade de classificar uma libélula me rendeu duas semanas de internação, imagino o que me aconteceria se eu ficasse tentando classificar meus sentimentos. Inclusive, me cansa ver por todo lado gente tentando diferenciar um sentimento do outro. Se é amor, amizade, namoro, rolo, beijo, ficada, passatempo… Não tenho a mínima idéia, e nem quero ter! São inúmeras as espécies de relacionamento e a tentativa de classificar a todo minuto algo que, ás vezes, é simplesmente inclassificável pode resultar em muito mais do que um baço perfurado.

Ás vezes, perdemos a noção de que cada minuto da nossa vida pode ser o derradeiro, de que cada ligação telefônica pode ser a última, bem como aquela pessoa, de quem você ainda não sabe se gosta, pode ser o seu último romance.

O amor é uma libélula que pousa na nossa janela pouquíssimas vezes. Corra atrás da sua libélula, sem medo de se machucar. Viva o seu romance. Viva o seu último romance.